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domingo, 30 de dezembro de 2007

AVENIDA PAULISTA - Casa das Rosas


A Casa das Rosas foi projetada no final da década de 20 pelo arquiteto Ramos de Azevedo para ser a residência de sua filha Lúcia, recém casada com o engenheiro Ernesto Dias de Castro. Azevedo faleceu antes do término da construção, que ocorreu em 1935.

Durante 51 anos foi ocupada por Lúcia Ramos de Azevedo e Ernesto Dias de Castro e, mais tarde, por Ernesto Dias de Castro Filho e sua esposa, Anna Rosa (será por causa dela que a estação Ana Rosa tem esse nome?).

A casa foi construída numa área de 5.500 metros quadrados, com 30 cômodos (30!!) no estilo arquitetônico francês, além de um enorme vitral colorido, que decora o hall de entrada. Seus pavimentos se dividem em térreo, mansarda, primeiro andar e porão. A atração do espaço é o jardim, inspirado no Palácio de Versalhes, que abriga o famoso roseiral, origem do nome da casa.

Foi habitada até 1986, quando foi desapropriada pelo governo do Estado quando o CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) tombou o local (22/10/1985). De 1986 à 1991 a casa ficou fechada para restauração, sendo reaberta em 11 de março de 1991 como Casa das Rosas – Galeria Estadual de Arte.

A casa foi fechada novamente em março de 2003 para reformas e reaberta em dezembro de 2004 para nova vocação: ser o primeiro espaço público do país destinado à poesia, nomeado de Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, abrigando o acervo de cerca de 30 mil volumes da biblioteca do poeta, tradutor e ensaísta Haroldo de Campos (1929-2003).

A proposta deste espaço é traduzir e codificar uma linguagem que possibilite o salto para uma nova civilização. Não é uma metalinguagem. É uma nova linguagem, sem nenhum compromisso ou liame com o passado. É um salto quântico, uma ruptura que não deixa pontes. É um momento desconfortável e, ao mesmo tempo, fascinante. Neste último milênio, assistimos a três mudanças básicas de civilização: da oralidade ou memória circunscrita para a civilização da escrita ou memória extensível e, finalmente, para a civilização eletrônica ou de memória incomensurada. A Casa das Rosas está “plugada” com o mundo e criando o ideal da arte sem fronteiras.

Todas as exposições acontecem tanto em suas dependências físicas quanto nas WEBPAGES da Casa das Rosas. Escritores, poetas, artistas plásticos, fotógrafos são convidados a trabalharem em hipertextos e hiperimagens e terem seus trabalhos hospedados em nosso site.
O acervo digital da Casa das Rosas: Rosas Net Art.


Fotos: http://aenobe.fotopages.com

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