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sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

HISTÓRIAS DO PENSIONADO - ATO VI

ATO VI – CADA UM NA SUA

O Dan, o mesmo que se pendurou na janela do banheiro para encher o saco do Márcio, é de uma tranqüilidade só. Então foi de estranhar que ele quisesse bater no Joinha do jeito que o pessoal conta.

A começar, quem era o Joinha? Era um morador novo, que até foi “iniciado” no pensionato (fizeram tchu-tchu nele, acho que foi a primeira e única vez que houve isso lá...). Talvez por tentar ser legal, ops, isso não pode ser porque já tem alguém com esse apelido... então, por tentar ser um cara jóia, uma vez estava na roda conversando com o Nando, o Dan e suas respectivas, e, aparentemente, ele disse algo nada a ver, que o Dan entendeu como sendo uma cantada para cima de sua namorada...

É claro que não lembro que foi isso mesmo, pois nem mesmo o Dan lembra o que o fez correr atrás do Joinha, mas o certo é que o coitado se trancou no quarto, que não tinha chave, e colocou o armário para impedir que Dan entrasse.

Ainda levaram o menino para Itatinga, o bairro famoso por suas garotas “fáceis”... pagando, claro. Alguém comentou com uma das prostitutas que o Joinha era virgem e ela queria entrar no carro para sentar no colo dele. Dizem que ele ficou segurando a porta, para que ela não abrisse... quem sai na chuva é para se molhar, não é?

Também falaram que aquela prostituta ficaria com ele de graça, porque havia gostado dele... conquistando corações!!

E o Noinha, o Noinha! Haja remédios que esse cara tomava! Não sei se ele era maníaco depressivo ou coisa parecida, mas bem que ele tentou se adaptar ao pessoal. Como ele havia chego depois, como o Joinha, foi um pouco difícil, ainda mais com pessoas como os que haviam lá, zombadores demais.

Aliás, cada figura que encontrávamos lá! Tinha um francês maconheiro que levou o Cueca para o mesmo caminho (acho que fumar orégano como ele fez, para assustar o Joinha, o levou para drogas mais pesadas...). Também havia o Jerry, sabe-se lá quantos anos estava na Unicamp, nem que destino tomou, mas era um cara muito sossegado. E havia o Chan, uma figura da Unicamp, e o Carlos, que tinha uns pesadelos e dava seus gritos... e pobre do Ricardo, que dividia o quarto com eles...

Próximo ato: CAÇADA AO NANDO

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