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sábado, 26 de janeiro de 2008

Toca do Tatu - O Seu Outro Eu

Como saber se você está vivo ou não? Como dizer que estamos vivendo nossa vida ou se estamos apenas repetindo nossos passos? À partir de algumas idéias, acabei criando algumas situações que até hoje o pessoal pensa um pouco antes de responder...
Esta história começou com a seguinte questão: e se o inferno fosse nós testemunharmos tudo o que fizemos desde que nascemos? Se o nosso castigo for presenciar todos nossos atos e suas conseqüências, independente se isso for bom ou ruim?
Imagine que, depois que você morre, você vira um espírito que, aparentemente, volta no tempo, testemunhando todos os atos de sua vida, desde o nascimento até alguns anos após a sua morte. Então, além de testemunhar tudo o que você fez, também testemunha as conseqüências dos seus atos.
Um exemplo: você fez uma maldade contra outra criança da sua rua. Essa criança cresce complexada e comete uma atrocidade, e tudo por causa de sua maldade. Ou você praticou uma boa ação, como dar uma bola para uma criança carente. Uma semana depois essa mesma criança morre atropelada, porque corria atrás da bola no meio da rua, a bola que você deu. E assim seguirá sua outra existência, numa sucessão de más e boas ações e suas conseqüências... e as conseqüências serão sempre as piores possíveis...
Este castigo irá prosseguir de acordo com a influencia que seus atos tiveram neste mundo, que pode ser por alguns anos, décadas ou séculos, e voltará a vivê-los novamente, num eterno ciclo.
Neste ponto o Dan questionou se não haveria salvação, se não havia como ir para o céu, se as boas ações tinham como conseqüência más ações. Foi então que respondi: há uma chance, que é você conseguir enxergar o seu outro Eu que testemunha seus atos neste momento. Mas como vê-lo? Basta ver para onde seu outro Eu não estiver olhando.
Nesse momento, o Dan ficou olhando para a sala escura, pensando para onde seu outro Eu estaria olhando, quando o Ricardo entrou na casa.
Quase que o Dan tem um ataque do coração, pensando ter enxergado seu outro Eu.
Mas, se tivesse tido esse ataque, então ele estaria no Céu, pois teria posto fim ao ciclo eterno de repetição...

sábado, 19 de janeiro de 2008

E no dia de hoje...

Foi f$%#...

Fui para o trampo pela manhã e no almoço e à tarde saí em busca de um apartamento para ficar... mas os lugares que encontrei são longes....

Fora a chuva que caiu depois disso... ainda bem que nessa hora eu já estava no metrô...

E ainda preciso tomar a vacina contra febre amarela porque vou parar na zona de risco...

sábado, 12 de janeiro de 2008

Para quem gosta de ler...

Para quem gosta de ler, pode comprar um destes produtos...



Mais um email que o Loko manda para a turma do OndeVamo que, pelo menos desta vez, parece ser um pouco mais útil...




Sites Interessantes

Procurando algum vídeo de fantasmas pela net, encontrei vários no youtube, em especial em uma página do usuário:

Os diversos vídeos não são especificamente de fantasmas, mas trata do sobrenatural. E também não são vídeos isolados, de fatos ou coisas que aconteceram, do tipo "vídeos amadores do acredite se quiser". São pequenas histórias bem ao estilo "Além da Imaginação", uns com aquele toque dos filmes de terror "O Chamado", "O Grito", etc, outro com toques de humor interessante. Recomendo uma visita ao MT37222.

Uma pessoa chamada Walmor vai adorar este site...

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Toca do Tatu - Fantasmas na Toca

É impossível falar da Toca do Tatu sem falar dos seus fantasmas, dos seus espíritos. E não foi pouca coisa o que aconteceu lá... Tem uma história, da república do George, um colega nosso da engenharia elétrica. Um dos moradores de sua república estava deitado na rede, na boa, quando percebeu uma mulher que o observava... ao lado da rede. Depois disso, foram as bicicletas que caíam sem nenhuma explicação, coisa e tal. Até que um dia, numa limpeza da casa, eles encontraram uma velha fotografia com a mulher, e todas aquelas situações misteriosas desapareceram...
Claro, não sei o quanto de verdade tem nessa história, até que ponto acreditar. Só posso falar do que aconteceu na Toca. E essas histórias sim, pelo conjunto de obra, posso dizer: não sei como tivemos coragem de ficar lá... hum... soou pouco aterrorizante... mas vamos lá...
Durante os primeiros dias da Toca, o Dan estava em seu quarto, a janela fechada, e estava arrumando suas coisas. Os outros estavam na sala, assistindo televisão, quando o Dan apareceu e perguntou quem estava correndo ao redor da casa. Num primeiro momento achávamos que ele estivesse sonhando, mas ele jurava que havia escutado alguém correr ao redor da casa.
Primeiramente, a explicação lógica: como o ambiente é bem aberto, pode ter sido o vizinho da casa ao lado, ou mesmo o vizinho da casa dos fundos, que provocou o som ouvido pelo Dan. Mas, recordando agora, havia gente na cozinha, e de lá seria possível escutar o som de pessoas correndo da casa vizinha. Ficamos então com a casa dos fundos. Mas, com as janelas fechadas, será mesmo possível ter sido alguém daquela casa?
Pior que isso foi o fantasma que cobriu os pés do Dan. Isso aconteceu quando ele chegou de viagem e foi descansar um pouco. Deitou-se em sua cama e, diz, escutou alguém entrar no seu quarto, dando risada, e cobriu seus pés com o cobertor. Dan chegou na sala e perguntou se havia sido o Tatá quem fez isso, mas como houve a negativa, ele ficou pensando se foi sonho ou não. Como ainda era cedo para ele ter bebido, tampouco sonhado, é um mistério que ainda está rondando nossas vidas. Afinal, de acordo com uma de suas conhecidas, tratava-se de um espírito brincalhão que residia na casa. Claro, isso também não foi comprovado...
Pior caso foi o do Ceará. Uma noite, acordando do nada, ele bateu no despertador para ver que horas eram. O despertador acende uma luz que fica alguns segundos acesa e logo depois apaga. E, nesse curto intervalo de tempo, o Ceará jurou que viu, ao lado de sua cama, um negro observando-o. Pelas palavras do Ceará, ele apenas virou do lado e se cobriu com o cobertor. “Não mexo contigo, você não mexe comigo”, era o que o Ceará disse quando contou essa história. Real ou não, ele começou a dormir com uma faca ao lado da cama depois desse episódio.
Falando disso, agora me recordo de alguma história parecida com essa do Ceará, mas não lembro bem de onde li. Falava sobre um negro que aparecia no pé da rede ou da cama de algumas pessoas, e que ele puxava o pé delas, não as deixando dormir. Vou pesquisar para ver se trata do livro do Zumbi dos Palmares ou de alguma outra história e então voltarei a contar este causo... Como são muitas histórias, eu as contarei no decorrer do blog.
E não são poucas...

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Uma imagem, mil palavras


Caminhão de bebidas tombado no meio da estrada.

Pessoas solidárias ajudando na remoção da carga para liberação da estrada.

Manuseio cuidadoso do cidadão ao colocar as garrafas inteiras nas caixas.

Um outro cidadão matando a sede do esforço.

Parafraseando o comercial: Isso que é solidariedade!!

Toca do Tatu - O Mistérios das Contas

Desde o começo da Toca do Tatu a casa foi cercada de mistérios. Umas delas, até hoje não explicada e não resolvida por nenhum meio científico: o sumiço das contas de terceiros. Não, não estou dizendo de valores que evaporaram de alguma conta bancária. Isso geralmente ocorre com as contas dos políticos, mas de forma inversa: ao invés de sumir, aparece...
Do início: com a casa já em nosso nome, trocamos as trancas da porta da sala e da cozinha, trancamos as portas dos quartos e fomos embora para as férias, depois de um ano de pensionato. Acontece que as cartas dos antigos moradores da casa ainda estavam chegavam, mas tudo bem, nós íamos deixar toda essa papelada na imobiliária e assim ficaria tudo resolvido.
Porém... Antes de sairmos de férias, deixamos uma pilha de cartas num canto da sala, para depois levá-las para a imobiliária. Mas quando voltamos... quem disse que as cartas estavam lá? Não poderia ter sido o antigo dono, nem mesmo o pessoal da imobiliária, pois as trancas eram novas. As portas dos quartos estavam trancadas, bem como a da outra sala. Logo, como foi que alguém conseguiu entrar e tirar as cartas de lá?
Em tempo, dizem que o Fifo deu sumiço nas cartas, que ele apareceu nas férias e levou as mesmas para a imobiliária.
Mas será isso mesmo?

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Diário de um Republicano - Insônia

“Faz mais de uma semana que passo as noites em claro, sem saber quando conseguirei encontrar minhas deusas oníricas novamente. A escuridão e a luz não fazem mais diferença para estas lentes jovens e cansadas, nem o frio da manhã ou o calor da tarde: tornei-me um insensível.

Um insensível. Quem quer que venha conversar comigo, seja amigo, inimigo, gata, canhão, criança ou adulto, eu ignoro todos, e se me tocarem, torno-me um animal, arranco-lhes a pele com os dentes, devoro suas entranhas sem dó nem piedade.

Insônia, meus olhos afundam em minha face, torno-me um cadáver que só não perdeu a cor por ainda comer alguma coisa (mesmo não havendo nada para comer). Insônia que tem nome, que tem hora, que tem dia para nascer e tem dia para morrer. Insônia, chamo-te de dias de prova, de exame, de relatórios e de trabalhos. E logo chegará a data de tua morte, Insônia, o dia depois da entrega desses amontoados de tarefas que sempre consigo deixar para última hora...”

E no dia de hoje...

E no dia de hoje, o que de interessante aconteceu?
Não, não foi no fretado, na volta, quando a menina falou que estava molhada...
Não, não foi o gerente do comercial chegar e perguntar se mais uma semana para o orçamento era para ser feliz...
O que de mais interessante que aconteceu hoje foi um colega do trabalho mandar um email para o gerente dizendo que estava indo embora... aliás, que já tinha ido embora!
Foi bem estranho mas aprecio a coragem do rapaz! Chegar e jogar tudo para o alto e dizer "acabou"! Tudo bem que não foi profissional, uma vez que largou tudo do jeito que estava sem falar para ninguém, mas tendo em vista que, quanto mais pedia para sair, mais o prendiam, e não vendo outra forma, deu um tiro e foi-se...
Mas que, depois das gírias da "Tropa de Elite", agora a moda vai ser mandar email dizendo "fui"...

domingo, 6 de janeiro de 2008

Muito cuidado com estranhos!!


Cuidado com pessoas que usem capuzes num dia claro...

Toca do Tatu - Pãozinho do Guará

Você sabe o que a gente mais guarda depois que vive numa república? Não são os objetos nem os valores materiais, e sim as lembranças desse período.
É uma coisa que é só da gente, ninguém mais tira. Uma coisa só de quem viveu essa experiência, impossível contar. E, entre tantas coisas boas, ruins, engraçadas e vexatórias, têm aquelas que nos faz pensar em como nossa vida muda tanto em tão pouco tempo.
Algumas vezes apenas algumas palavras nos fazem lembrar de diversas histórias, de tantos fatos e situações que não contemos o surgimento de um sorriso furtivo. Infeliz daqueles que não possuem estes momentos em suas mentes e corações, pois muitos momentos não podem mais ser vividos depois que o Senhor do Tempo nos ceifa de dias preciosos.
Deixando de lado a filosofia, a foto aí de cima e o título do texto me levam a um período em que muitas vezes íamos até a padaria do Guará para comprar pão para o café da tarde ou da manhã do dia seguinte, e a surpresa de encontrarmos um alimento que duvidávamos que fosse realmente um pão....
Na foto, antes que digam algo contra, é uma bisnaguinha, naquele dos 7 garotos... mas que leva à recordação dos "paezinhos" da padaria do Guará, isso lembra...

Diário de um Republicano - Depressão

“Alguns conseguem viver vencendo grandes obstáculos, outros simplesmente não conseguem fazer isso, e outros ainda passam a vida se enganando achando que vão conseguir vence-las. E chega um momento que a realidade mostra que tipo de pessoas nós somos.

Dividimos a mesma casa por questão de comodidade, o que gastamos aqui é muito mais barato se compararmos a uma vida sozinha num apartamento. É claro que as coisas acabam não saindo da forma que queremos, temos que ceder em alguns pontos, temos que respeitar a liberdade dos outros desde que os outros respeitem a nossa. Perdemos um pouco, mas também ganhamos. Mas e quando alguém vai embora sem mais nem menos?

Nosso companheiro nos abandonou, estava com depressão. Não era falta de grana, seus pais sempre mandavam dinheiro. Seria por questão material? Seria por saudades, simples assim? Ou será por estar atrasado com o curso? Ou será que aqui ele não passava de mais um aluno enquanto lá ele era O aluno, independente do quanto estudava?

Enfrentamos o mundo de formas diferentes, sempre é bom ter com quem contar, mas estar sempre dependente de alguém e não ligarmos para o futuro, isso não é algo que esteja em nossa mente.”

Livros – O Turno da Noite Vol III

Hoje terminei mais um livro, O TURNO DA NOITE VOL III, que continua aquela história de vampiros que comentei anteriormente. Sinceramente, esperava por mais coisas, alguma interligação com O VAMPIRO REI, livro do mesmo André Vianco, mas não rolou... aliás, ficou muitos pontos pendentes que, ou foram deixadas de propósito para um futuro volume, ou foi esquecido ou ignorado pelo autor.

Como não vou ficar contando o final para não estragar, fica apenas escrito aqui as minhas impressões sobre o livro. Quem quiser ler, que leia, para completar a aventura que inicia muito bem, mas balançou um pouco nesse volume. Ah, sim, e não posso falar “aventura”, porque isso é o termo que o autor usa para falar sobre o pós morte, onde os mortos vivos não têm acesso... será que um dia ele vai publicar um livro falando como é essa “Aventura” que tanto os seus personagens comentam ou isso fica na nossa imaginação, crença e fé pessoal?

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Diário de um Republicano - Distração


“O tempo parece que parou. Os sons da casa do vizinho, o vento, os carros na avenida, parece que tudo acabou. Será mesmo que acabou? Não, escuto o barulho de um carro, morrendo em algum lugar da cidade. O cachorro do vizinho deu um latido, está vivo ainda. O vento empurra as folhas secas do jardim. O tempo não parou. Mas então por que demora tanto para passar? Não sei o que fazer para esse tempo passar mais rápido. O que posso fazer? Talvez ler alguma coisa. Só que não tenho nada para ler. Só se eu ler algum rótulo. Fazer alguns cálculos, quem sabe? Mas o que posso contar? O número de azulejos daqui? Ou tento sair o mais rápido daqui e paro de pensar nisso?


Que falta faz alguma coisa para ler no banheiro...”

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Diário de um Republicano - Escassez

"Diário de um republicano" foram textos simples, escritos na forma de notas, sobre o dia a dia da vida na república, de forma um tanto quanto caricaturada e exagerada, somente para enfatizar como coisas simples são importantes na nossa vida, como um pão amanhecido ou um rolo de papel higiênico na hora da necessidade.

Baseado nas histórias do pessoal da Toca do Tatu e de outras repúblicas, não há uma grande série destas notas, de modo que não irei publicar muitas... a menos que me mandem alguma idéia para escrever mais...

Escassez
"Minha última refeição foi um pão molhado em sopa fria, isso ontem, porque hoje não comi nada ainda. Meu armário está uma penúria: há óleo, saquinhos de chá, temperos, um pote de chocolate em pó e mais nada. Na geladeira então, nem pensar! E o dinheiro anda fugindo da minha carteira na mesma velocidade que vereador corre buscando mais vagas para a câmara. Não que eu esteja gastando feito doido, é que não tenho quase nada mesmo, e o pouco que chega, chega na época de pagar as contas, aí não sobra nota sobre nota. Preciso decidir o que vou fazer hoje, se almoço ou se janto. Se fizer as duas coisas, não faço nenhuma delas amanhã. Vendo pelo lado bom, se não como, não cago, aí economizo no papel. Acho que vou parar de tomar banho todo dia também, aí economizo em água e eletricidade. E como anda frio ultimamente, é até razoável não tomar banho. Além do mais, acabou meu xampu ontem...”