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terça-feira, 29 de abril de 2008

Teste - Internet

Primeiro teste da internet móvel:

Localização: Hospital Israelita Albert Einstein.

Velocidade: ok.

Acesso email: ok.

domingo, 27 de abril de 2008

Fotos - Honestidade é Tudo

Sem palavras.
























































Conto - Nuvens (original)

Nuvens

Eu gosto das nuvens. Tem branca, cinza, rosada, azulada... uma mais bonita que a outra. Eu lembro daquele dia... quando foi? Era no campinho... era piquenique... eu corria, corria pelo campinho... depois lá estava eu, deitado na grama, tomando sol... muito quentinho... gostoso... e as nuvens formando desenhos no céu... aquele ali parece um cavalo... a cabeça virada, as patas pulando uma moita... aquele ali parece um cachorro deitado... e ali a cabeça de um palhaço... acho que dormi sem saber e sonhei com as nuvens, nuvens brancas, nuvens cinzas, nuvens rosas, nuvens azuis... era legal, era divertido... depois acordei na minha cama, já era noite, tudo escuro... não gosto da noite, não dá pra ver as nuvens, é chato... mas acho que dormi de novo, porque quando acordei de novo já era dia... o sol entrando pela janela, as nuvens lá fora... as nuvens formando desenhos lá no quadro azul... um anjo, um homem de branco, uma mulher... de repente começa a chover... gosto de chuva forte, com trovão, raio, barulho... parece que as nuvens tão caindo... mas nunca chegam... dá medo... mas eu gosto de chuva...
Não gosto da árvore que tem no quintal. Os galhos ficam escondendo as nuvens da minha janela... mas acho que papai mandou cortar, porque agora não tem mais nenhuma folha lá fora... gosto do papai... ele aparece sempre, fica contando histórias para eu dormir... mamãe também aparece, me enche de beijos... acho legal a turminha da rua, a gente sempre brinca, é legal... mas gosto mais de ficar vendo as nuvens, imaginando que outro desenho o céu vai desenhar. Teve outro dia que a lua apareceu, era final de tarde, e uma nuvem parecia um anjo segurando a lua, parecia mesmo... foi muito legal... Papai do céu deve ser criança, ficando desenhando lá no céu... mamãe fala que eu não devia falar assim, porque Papai do céu vai ficar bravo, que vai me castigar se continuar falando assim... não sei porque, eu não falo por mal, gosto do Papai do céu, é melhor que televisão... mamãe não gostou disso e ficou brava... nem falei mais disso... mas o padre veio outro dia em casa, falou que eu estava certo, que Papai do céu era criança também, que desenhava para mim, para as crianças... gosto do padre, ele fica contando um monte de histórias, fala que um dia vou encontrar Papai do céu e vou poder brincar com Ele... mamãe não gosta muito disso, fica falando que o padre fica me enchendo dessas histórias, que eu ainda preciso me formar, que preciso casar... eu não quero casar, quero brincar...
Brincar igual o Zezinho... ele não pára para nada, fica brincando o dia inteiro... nem vai pra escola... eu também não vou, mas fico na creche... mas agora não fico porque papai e mamãe ficam em casa... é férias, parece... eu gosto de ficar em casa assim, com todo mundo... acordar de manhãzinha e ver o sol batendo na janela... parece que o quarto vira outro mundo, as coisas ficam de outra cor... não é igual de noite, quando tudo é escuro... é legal ver uns raios entrando... é legal também quando tomo banho bem quente... parece que as nuvens tão aqui em baixo... será que é bem quentinho lá em cima?
Não sei porque mamãe fica o tempo todo chorando... mas finge que não... eu queria fazer alguma coisa mas nem sei o que fazer... quando penso nisso sempre fecho os olhos e durmo...
Nem sei por quanto tempo dormi, só sei que quando acordei tinha um menino no meu quarto, desenhando... era meu amigo... peguei um lápis de cor e comecei a desenhar junto com ele... gosto de desenhar... igual o Papai do céu... igual o meu amigo...
Alexandre Kengi Enobe 22/11/03

Conto - Nubes (adaptado)

Nubes

Me gustan las nubes. Hay blanca, gris, rosada, azulada… una más bonita que la otra. Yo me acuerdo de un día… ¿Cuándo? Era en el campo… era picnic… yo corría, corría por el campo… después yo estaba acostado en el césped, tomando sol… y las nubes formando figuras en el cielo… mira, ¡es un caballo! Y un perro, y un payaso…
Creo que dormí, pues soñé con las nubes, nubes blancas, nubes grises, nubes rosadas, nubes azules… después me desperté en mi cama: ya era noche y todo estava oscuro. No me gusta la noche porque no se puede ver las nubes… es triste… pero creo que dormí nuevamente, porque cuando me desperté ya era día… el sol en la ventana… las nubes formando figuras… un ángel… mucha luz… un hombre de blanco… una mujer… de repente una lluvia, las nubes cayendo… me gusta las nubes… son diseños de Díos…
Me gusta me papá también. Él siempre narra cuentos de nunca acabar. Mi mamá también, y ella me besa mucho. Me gustan mis amigos, pero yo prefiero diseñar y mirar las nubes…
Otro día el sacerdote visitó mi casa y yo dije que Díos es un niño, porque Le gusta diseñar con las nubes. Él dijo que yo estaba cierto y que un día voy a diseñar con Él. Mamá se puso enfadada, que primeramente yo debo me casar… no quiero casar, solamente diseñar, igual que Díos cuando diseña con las nubes…
Mi mamá vive a llorar, pero no comprendo porque, y siempre cerro los ojos pues no sé lo que hacer… y me duermo…
No tengo idea por cuanto tiempo dormí, pero cuando me desperté u niño estaba en mi cuarto, diseñando en hojas azules. Me levanté y empecé a diseñar también… Me gusta diseñar, igual al niño… igual a Díos y sus nubes…

POEMA - A ROSA

A Rosa

Nasceu uma rosa no jardim
E era tão clara quanto delicada
Mas estava tão só e abandonada.

Nasceu uma rosa no jardim
E todo aquele reino era só para si
Porém ela queria alguém com quem pudesse rir.

Não havia sombra alguma de árvore companheira,
Não havia outra flor que a acompanhasse
No imóvel móvel de seus dias.

Apenas o jardineiro a visitava,
Fazia a chuva cair e o vento soprar as folhas secas,
Indo embora, pois precisava.

A rosa crescia e não sabia
Se um dia serviria
Para demonstrar um amor que ela não tinha.

A rosa crescia e não sabia
Se morreria
Sem destino, sem serventia.

A rosa crescia e não sabia
Que do outro lado do jardim
Haviam flores belas que também cresciam
E que se perguntavam para que existiam.

E a rosa crescia e não sabia
Que houve quem a notou
E em palavras a congelou.
25/11-1/12/99

POEMA - ESTRELAS

Estrelas


Tem vezes que quero ficar sozinho apenas,
Deitar na grama macia e olhar o céu estrelado
Tentando entender o que elas são
E porque existem.
Saber se há alguém ali que me observa
Questionando minha imobilidade e minha timidez,
Buscando respostas para minhas ações sem sentido.
Talvez ninguém entenda o motivo de eu estar
Deitado nesses momentos e vendo as estrelas tão distantes.
Não percebem que o que faço é para encontrar
Mais força e energia para suportar a solidão.
As estrelas lá no céu parecem brilhar por estarem todas juntas
Mas elas não estão
E nenhuma delas por isso se apagou.
Devo prosseguir, mesmo sem ninguém,
Não devo deixar minha luz morrer
Pois como elas alguém pode me ver.
1/7/00

A GELADEIRA DO WALLACE

O Wallace, meu colega lá do trampo, tinha uma geladeira velha na casa da mãe dele. É que a mãe dele trocou a geladeira por uma nova, e a antiga ficou encostada, e ele me ofereceu a mesma. E pensar que a partir dai iria começar uma novela...
Conseguimos até uma pampa com o Eugênio, outro colega do trampo. E já estava tudo preparado para um final de semana, mas...
Primeiro final de semana: o Eugênio tentou e não encontrou o Wallace pelo telefone, e eu fiz o mesmo e nada de encontrá-lo. Na segunda, descobrimos que ele esqueceu o celular carregando e nem ligou para a geladeira ali encostada...
Segundo final de semana: o clima desta vez não ajudou. A chuva veio e não haveria como levar a geladeira até em casa...
Terceiro final de semana: roubaram meu celular... :(
Quarto final de semana: finalmente, conseguimos pegar a pampa do Eugênio, seguimos até a casa do Wallace, colocamos a geladeira em cima do carro, amarramos, o carro não passava pelo portão de saída, desamarramos a geladeira, inclinamos a geladeira, o carro saiu, amarramos a geladeira, a primeira marcha entrou, a segunda não, nem a terceira, nem a quarta... câmbio quebrado...
Quinto final de semana: deixamos a geladeira no quarto final de semana na garagem em que a pampa estava estacionada, e desta vez partimos de lá até a kitnet. Foi uma força tarefa Wallace-Alexandre para conseguir levar a geladeira até o segundo andar do prédio... pelas escadas...
Sexto final de semana: a geladeira não está ligada, porque seu motor faz muito barulho e não me deixava dormir...
Oitavo final de semana: me livrei da geladeira...
Se uma coisa não é para ser, realmente não é para ser...